Bichos chatos e aos montes

15, maio, 2015

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Em São Paulo, o inimigo público número 1 hoje é um insetinho minúsculo, o Aedes aegypti, que é famoso por transmitir a dengue. Em outros lugares, ele também não é bem recebido por ser o mosquito transmissor da malária e, mais recentemente, entrou nos noticiários a história de que a febre chikungunya também é disseminada por ele.

Enquanto o pessoal dos hospitais paulistas tem de se preocupar com um só mosquito, a vida de quem mora na região Norte é bem mais dinâmica. No chão, nas árvores, na água e no ar: onde você estiver, vai encontrar algum inseto pelo caminho.

Nem todos trazem doenças, é verdade. Abelhas ajudam na polinização, joaninhas protegem algumas plantas, paquinhas são inofensivas e fazem cosquinha na nossa mão, e todos são importantes para o ecossistema.

Mas alguns são bem chatinhos, como as vespas (que por lá chamam de cabas) que dão ferroadas doloridas e em grupo e as formigas tucandeiras que encontramos em Cachoeira Porteira (Pará) e que ferram pra valer _ a dor dura até 24 horas!

A sorte é que as crianças quilombolas são espertas e usam seus saberes para lidar naturalmente com os insetos. Conhecem por nome cada espécie e sabem se picam ou se são inofensivos. Na época da cheia, quando os mosquitos (ou carapanãs) atacam sem dó, elas têm um jeito fácil de espantá-los: botar breu no fogo e espalhar a fumaça!

O Projeto Tecendo Saberes é uma idealização da artista Marie Ange Bordas, em parceria com o Instituto Catitu, e patrocinado pelo Programa Petrobras Cultural.