Rumo ao Acre

25, abril, 2014

Em maio, o Tecendo Saberes coloca novamente a mochila nas costas. Dessa vez, o destino é a Terra Indígena Kaxinawá do Rio Humaitá, no Acre, onde moram cerca de 600 pessoas, distribuídas em cinco aldeias. Para chegar lá, vamos de barco, o único  meio de acesso. A cidade mais próxima, Tarauacá, fica a 3 dias de barco a motor. Os  Kaxinawás,  autodenominados huni-kuin, que significa “homens verdadeiros”, se preocupam muito com o resgate da sua cultura. Esse objetivo comum  foi o ponto chave de aproximação com o Projeto Tecendo Saberes. No período em que estaremos lá, vamos tecer e aprender com esse povo, cuja história foi marcada por conflitos, mas que, desde os anos 70, vive  o que chamam de “tempo dos direitos”, com terras demarcadas e a comercialização da borracha, sua principal atividade econômica, liberada. Nessa época, surgiram as escolas com educação indígena, que valorizam a cultura kaxinawá, sobretudo o idioma materno, até então substituído pelo português. Uma das marcas dessa tribo são os desenhos kenê kuin, presentes em adereços artesanais feitos pelas mulheres. A Terra indígena Kaxinawá do rio Humaitá tem o nome no hatxa kuî de Hene shâwâya, “O Rio que tem muitas araras”, e foi homologada e demarcada em 1983.